A arte da fotografia
Este mês escolhemos tratar sobre a fotografia como técnica artística. Embora não haja uma clareza sobre a data da invenção da fotografia, é considerado que, em 1839, a imagem de View of the Boulevard du Temple tenha sido oficialmente a primeira fotografia. Tornando-se um dos marcos mais importantes de entrada no mundo moderno, juntamente com a revolução industrial e todas as invenções que fazem parte do nosso mundo hoje, como gravações de som, lâmpada elétrica e rádio.
A fotografia passou a ser o registro de tudo que aconteceu no desenvolvimento das sociedades nos dois últimos séculos. No decorrer da história foram diversos os estilos fotográficos - registros de família, arquitetura, cenas domésticas, eventos oficiais governamentais, transformações de paisagens e documentação de todos os avanços da ciência, tecnologia e indústria. A fotografia registrou o fenômeno das grandes migrações e aumento da população urbana.
Não é possível determinar os limites entre o fazer artístico e a utilidade quando falamos de fotografia. Por mais objetiva que seja sua função, existe um fator subjetivos por trás do equipamento - o olhar do homem.
Um dos fundadores do movimento dadaísta, Man Ray cria uma vertente totalmente livre e experimental para a fotografia, explorando até mesmo imagens em material fotográfico sem uso da máquina.
Ao longo do século XX surgiram inúmeros novos estilos como fotojornalismo, fotografia publicitária, moda, e fotografia contemporânea.
Alguns fotógrafos se destacaram ao fazer registros inéditos de fenômenos e momentos únicos de pessoas e lugares, como por exemplo, Nan Goldin que registrou, de forma pioneira, a intimidade da nova iorque dos anos 80, apresentando corpos LGBT de forma inédita, tornando-se mundialmente conhecida.
Martha Rosler, artista conceitual, realizou colagens com forte crítica social, explorando temas diversos. Na série House Beautiful: Bringing the War Home usou imagens dos horrores da guerra do vietnam contrastando com pacíficas cenas domésticas oriundas da publicidade de eletrodómesticos.
Cindy Sherman criou uma narrativa única, transformando-se a si mesma em centenas de diferentes personagens e registrando as imagens.
No Brasil, um dos maiores fotógrafos documentais do mundo, Sebastião Salgado, fotografou de forma revolucionária, fenômenos de exploração social dos povos e devastação de paisagens.
Embora na primeira metade do século XX, muitas das bases da arte contemporânea já estivessem se constituindo, é apenas a partir da década de 80 que a produção se considera fotografia contemporânea.
A profusão de olhares, criações e narrativas instauradas com a liberdade da arte contemporânea permite que mais artistas surjam com criações poéticas, inovadoras e impactantes, construindo identidades totalmente novas com a técnica fotográfica.
A Blombô reuniu uma seleção de obras de grandes nomes da fotografia contemporânea brasileira no marketplace e no leilão. São eles: Miguel Rio Branco, Lenora de Barros, Vik Muniz, Bob Wolfenson, Mauro Restiffe, Hélio Oiticica, Claudio Edinger, Claudia Jaguaribe, Claudia Andujar e outros.
Confira o acervo e se apaixone pelo mundo da fotografia!