Rubens Mano é um artista multimídia que explora a interseção entre imagem, espaço e paisagem urbana. Formado em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Santos em 1984, iniciou sua trajetória artística com estudos em fotografia. No final da década de 1980, aprofundou suas pesquisas sobre a paisagem urbana e passou a criar objetos tridimensionais que dialogam com o ambiente e a percepção do espectador.

Entre 1992 e 1998, organizou, juntamente com Eli Sudbrack, Everton Ballardin e José Fujocka, o projeto Panoramas da Imagem, promovendo exposições, oficinas e debates sobre a presença da fotografia na arte contemporânea. Em 1993, recebeu o Prêmio Estímulo à Fotografia da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo.

Seu trabalho evoluiu para investigações sobre as relações entre imagem e espaço quando transpostas para o ambiente urbano. Um exemplo marcante é a instalação Detetor de Ausências (1994), apresentada na Arte Cidade II, onde projetou feixes de luz sobre o Viaduto do Chá, em São Paulo, questionando a dinâmica da memória e da ocupação dos espaços urbanos.

Em 2001, foi premiado no Panorama da Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) e, no ano seguinte, participou da 25ª Bienal Internacional de São Paulo. Entre 2002 e 2003, desenvolveu o projeto Paisagens Incertas, um conjunto de intervenções e fotografias apoiado por uma bolsa da Fundação Vitae.

Em 2003, concluiu seu mestrado em artes na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). No ano seguinte, participou da Bienal de Sydney com o projeto Visor. Seu interesse pela relação entre arte e espaço urbano levou à criação do projeto Visible, em 2005, concebido para o inSite (Tijuana, México / San Diego, EUA).

Em 2006, foi contemplado com uma bolsa da Cisneros Fontanals Art Foundation e, em 2008, participou do projeto Espaços Reversíveis, no Museu Cruz e Souza, Florianópolis. No mesmo ano, apresentou o trabalho Contemplação Suspensa no espaço do Octógono, na Pinacoteca do Estado de São Paulo.