Nascido em Avelãs de Caminho, Portugal, em 1947, é um renomado escultor, pintor, gravador e desenhista que se mudou para o Brasil em 1953, estabelecendo-se com sua família no Rio de Janeiro. Na década de 1960, estudou na Escolinha de Arte do Brasil (EAB) sob a orientação de Augusto Rodrigues e frequentou o ateliê de Ivan Serpa, além de ser aluno ouvinte da Escola Nacional de Belas Artes (Enba).

Antonio Manuel começou a usar jornal e flan como suportes para seus trabalhos, onde realizava intervenções e criava notícias fictícias abordando temas políticos e estéticos. Ganhou destaque em 1968 com a obra "Urnas Quentes" na exposição Apocalipopótese, organizada por Hélio Oiticica e Rogério Duarte, que envolvia caixas de madeira lacradas que o público deveria arrebentar. Em 1970, inovou ao propor o próprio corpo como obra de arte no Salão de Arte Moderna no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ).

Durante os anos 1980, seu foco se voltou para a pintura abstrato-geométrica, explorando ortogonais e sugestões de labirintos. Em 1994, apresentou a instalação "Fantasma", que reflete sobre o contexto social e político brasileiro, marcando sua obra por uma profunda reflexão crítica e social. Seus filmes de curta-metragem, como "Loucura & Cultura" (1973) e "Semi-Ótica" (1975), também destacam-se por sua crítica à cultura e à sociedade.