Paulo Bruscky
Brasil - 1949
Paulo Roberto Barbosa Bruscky é um artista multimídia e poeta brasileiro, reconhecido por sua intensa pesquisa no campo da arte conceitual e suas inovações em arte postal e arte-xerox.
Trajetória Artística
Anos 1960-1970: Início da Pesquisa e Arte-Xerox
Na década de 1960, Bruscky inicia suas investigações na arte conceitual. A partir de 1970, ele começa a desenvolver pesquisas em arte-xerox, explorando as possibilidades criativas das cópias xerográficas. Em 1973, Bruscky se torna um dos pioneiros do Movimento Internacional de Arte Postal no Brasil, promovendo a troca de obras e ideias através do correio.
Anos 1970: Manifesto e Exposições
Em 1974, lança o Manifesto Nadaísta, um marco em sua carreira. Nos anos seguintes, organiza duas exposições internacionais de arte postal em Recife, em 1975 e 1976, sendo esta última fechada pelos militares brasileiros, destacando a resistência de sua arte em tempos de repressão.
Anos 1980: Filmes, Videoarte e Videoinstalações
Entre 1979 e 1982, Bruscky realiza 30 filmes de artistas e videoarte, e em 1983, começa a produzir videoinstalações. Em 1980, ele cria o xerox-filme, uma inovação que utiliza sequências xerográficas para criar narrativas visuais.
Reconhecimento Internacional
Em 1981, Bruscky recebe a Bolsa Guggenheim de artes visuais, permitindo-lhe residir em Nova York por um ano. Nesse período, ele expõe na sala especial sobre arte postal na 16ª Bienal Internacional de São Paulo, consolidando sua posição no cenário artístico global.
Contribuições e Legado
Bruscky é editor de livros de artistas e mantém uma importante coleção de livros e documentos sobre arte contemporânea em seu ateliê no Recife, incluindo correspondências com membros dos grupos Fluxus e Gutai. Em 2004, seu ateliê é transferido integralmente para São Paulo, sendo remontado em uma das oito salas especiais da 26ª Bienal Internacional de São Paulo, reforçando sua relevância e influência na arte contemporânea brasileira.