Marcelo Grassmann

Marcelo Grassmann (São Simão, SP, 1925 - São Paulo, SP, 2013) foi um renomado gravador, desenhista, ilustrador e professor brasileiro. Sua formação artística começou na Escola Profissional Masculina do Brás, em São Paulo, onde estudou fundição, mecânica e entalhe em madeira entre 1939 e 1942. A partir de 1943, Grassmann começou a se dedicar à xilogravura.

Entre 1947 e 1948, trabalhou como ilustrador para o Suplemento Literário do Diário de São Paulo e, em 1948, para o jornal O Estado de S. Paulo. Em 1949, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde atuou como ilustrador do Jornal do Estado da Guanabara. Durante esse período, frequentou o Liceu de Artes e Ofícios, onde estudou gravura em metal com Henrique Oswald e litografia com Poty.

Em 1952, Grassmann residiu em Salvador, trabalhando com Mario Cravo Júnior. No ano seguinte, recebeu o prêmio de viagem ao exterior do Salão Nacional de Arte Moderna (SNAM) e foi para Viena, onde estudou na Academia de Artes Aplicadas. Após seu retorno ao Brasil, dedicou-se principalmente ao desenho, à litografia e à gravura em metal.

Em 1969, sua obra completa foi adquirida pelo governo do Estado de São Paulo, integrando o acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pesp). Em 1978, sua casa natal em São Simão foi transformada em museu pela Secretaria de Cultura, Ciência e Tecnologia de São Paulo e tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).

Entre 1991 e 1992, Grassmann foi bolsista da Fundação Vitae em São Paulo. Sua trajetória artística e suas contribuições significativas para a gravura brasileira o tornaram um dos artistas mais respeitados de sua geração.