Leon Ferrari

Leon Ferrari (Buenos Aires, Argentina, 1920 - Buenos Aires, 2013) foi um pintor, gravador, escultor e artista multimídia, conhecido por sua contribuição inovadora e crítica às artes visuais.

Ferrari iniciou sua carreira como escultor na Itália, onde residiu por três anos e realizou uma exposição individual na Galeria Cariola, em Milão, em 1955. Em 1960, ele começou a criar esculturas em arame e aço inoxidável, e dois anos depois, passou a produzir desenhos caligráficos e colagens.

Em 1965, Ferrari se envolveu no movimento cultural e político do Instituto di Tella de Buenos Aires, abandonando a produção abstrata para se engajar em trabalhos mais politizados. Entre 1968 e 1969, participou dos eventos "Tucumán Arde" e "Malvenido Rockefeller" em Buenos Aires, que criticavam a repressão e as políticas imperialistas.

Em 1976, mudou-se para São Paulo, onde retomou a produção de esculturas de metal. No ano seguinte, começou a criar esculturas sonoras utilizando barras metálicas e passou a explorar novos meios expressivos, influenciado por artistas como Regina Silveira e Julio Plaza. Sua prática artística expandiu-se para incluir videotexto, microfichas, arte postal, livros de artista e litografia.

Ferrari foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) em 1983 por sua melhor exposição do ano. Em 1984, voltou a Buenos Aires, onde continuou a inovar, incorporando meios digitais em suas obras, como visto em "Electronicartes" (2002/2003).

Além de suas atividades nas artes visuais, Ferrari publicou diversos livros, incluindo "Nosotros No Sabíamos" (1976), "Cuadro Escrito" (1984), "Exégesis" (1993) e "La Bondadosa Crueldad" (2000). Em 2000, recebeu o Prêmio Costantini, consolidando sua influência no cenário artístico.

Fontes:
Foto: https://www.wikiart.org/en/leon-ferrari