Lenora De Barros
Lenora de Barros (São Paulo, SP, 1953) é uma artista plástica e poeta brasileira cuja obra transita entre a arte visual, a poesia concreta, a fotografia e a performance. Formada em Linguística pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP) no final da década de 1970, Lenora desenvolve uma trajetória marcada pela experimentação e a intersecção de linguagens artísticas.
Na 17ª Bienal Internacional de São Paulo, Lenora expôs pela primeira vez seus poemas visuais, utilizando o videotexto como meio, inovando na apresentação da poesia. Nesse mesmo ano, lançou o livro "Onde Se Vê" pela editora Klaxon, consolidando sua expressão poética no cenário artístico brasileiro.
Entre 1990 e 1991, Lenora morou em Milão, onde realizou a mostra individual "Poesia É Coisa de Nada" na Galeria Mercato del Sale, apresentando trabalhos desenvolvidos entre 1985 e 1990. Em Milão, também curou a exposição "Poesia Concreta in Brasile" no Archivo della Grazia di Nuova Scrittura, fortalecendo o diálogo entre a poesia concreta brasileira e o público europeu.
De volta ao Brasil, colaborou com o Jornal da Tarde e escreveu a coluna "Umas" (1993-1995), abordando experiências poéticas e fotoperformáticas. Durante este período, trabalhou como editora de fotografia na Folha de S.Paulo e como diretora de arte na revista Placar, expandindo suas experimentações para o campo editorial.
Em 1998, participou da 24ª Bienal Internacional de São Paulo com a instalação "A Contribuição Multimilionária de Todos os Erros", ao lado de Arnaldo Antunes e Walter Silveira, evidenciando seu interesse em obras colaborativas. Em 2000, recebeu o Prêmio Multicultural do jornal O Estado de S. Paulo, em reconhecimento à sua contribuição para a cultura brasileira.
Em 2001, Lenora criou, em parceria com o músico Cid Campos, a instalação sonora "(Des)Encorpa" para a mostra "The Overexcited Body" no Palazzo Arengario, em Milão. No mesmo ano, realizou sua primeira exposição individual no Brasil, "O que que Há de Novo, de Novo, Pussyquete?", na Galeria Millan, em São Paulo. Em 2002, foi contemplada com a bolsa da Fundação Vitae e desenvolveu o projeto do livro-objeto "Para Ver em Voz Alta". Nesse mesmo ano, sua instalação sonora "Deve Haver Nada a Ver" foi premiada na 1ª Mostra RioArte, do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), consolidando sua posição como uma das principais artistas de sua geração.
Fontes:
Texto: Pesquisa e curadoria Blombô, com apoio de inteligência artificial para redação e estruturação de conteúdo.