Afonso Tostes

Afonso Tostes

Afonso Tostes, nascido em 1965 em Belo Horizonte, MG, mudou-se para o Rio de Janeiro no final dos anos 1980.

Formado pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, onde foi aluno de Daniel Senise, Charles Watson e Carlos Zílio, Afonso desenvolveu uma pesquisa focada em formas orgânicas estruturais. Seus primeiros estudos se voltaram para a pintura, explorando vértebras, crânios e ossos, que mais tarde também se tornaram o foco de suas esculturas, onde eram representados em formatos ampliados. Sua primeira exposição individual ocorreu em 1996, no Centro Cultural São Paulo, com uma mostra de pinturas. Em 2000, expôs no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, com grandes telas que ampliaram sua gama de representações visuais.

Em 2001, Afonso foi contemplado com uma bolsa da RIO ARTE para sua pesquisa “Perna de Três” e passou a dedicar-se à escultura, uma evolução natural de sua trajetória artística. A exposição homônima foi apresentada na Galeria Paulo Fernandes, no Rio de Janeiro, em 2002, e no Centro Cultural Maria Antônia, em São Paulo, em 2003. Essa fase marcou uma transição para o uso da madeira em grandes instalações, ampliando o tema da estrutura e da relação com o espaço. Suas esculturas passaram a interagir com o ambiente institucional, como visto na Bienal do Mercosul de 2005, onde utilizou grandes esculturas como apoio para estruturas do local, sob curadoria de Paulo Sérgio Duarte.

Em 2005, Afonso apresentou a instalação “Cidade Pequena” na Galeria Lurix, no Rio de Janeiro, e posteriormente na Galeria Virgílio, em São Paulo, em 2006. Utilizando pedaços de madeira antiga, criou formas geométricas que, juntas, representavam uma cidade em escala reduzida.

Em 2009, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, a exposição “Rota” marcou uma nova fase em seu trabalho com madeira. Na instalação “Árvores”, ele integrou galhos secos em esculturas, explorando o tema do “eterno retorno”. Em 2010, a instalação “Afloramentos” na exposição “Experimentando Espaços”, no Museu da Casa Brasileira, curada por Agnaldo Farias, trouxe ossos em forma de flores “plantados” no jardim, expandindo o diálogo entre obra, espaço e contexto.

Em 2011, Afonso exibiu “Ao Mesmo Tempo” na Galeria Lurix e “Baque Virado” no MAM do Rio de Janeiro, onde experimentou novos formatos em escultura e instalação, além de apresentar xilogravuras em grande escala.

Obras do artista

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