Abraham Palatnik

Pioneiro da Arte Cinética

Abraham Palatnik, nascido em Natal, Rio Grande do Norte, em 1928, é uma figura central no desenvolvimento da arte cinética, além de suas realizações como pintor e desenhista. Em 1932, Palatnik mudou-se com sua família para a região que hoje constitui o Estado de Israel, onde, de 1942 a 1945, estudou na Escola Técnica Montefiori em Tel Aviv, especializando-se em motores de explosão. Expandiu seus estudos de arte sob a orientação de Haaron Avni e do escultor Sternshus, além de estudar estética com Shor, frequentando o Instituto Municipal de Arte de Tel Aviv até 1947.

Retornando ao Brasil em 1948, Palatnik estabeleceu-se no Rio de Janeiro, onde se associou a artistas como Ivan Serpa, Renina Katz e Almir Mavignier. Essas conexões levaram-no a frequentar a residência do crítico de arte Mário Pedrosa e a conhecer o trabalho de Nise da Silveira no Hospital Psiquiátrico do Engenho de Dentro. Influenciado pelas discussões conceituais com Pedrosa, Palatnik rompeu com as convenções tradicionais da arte, explorando novas relações entre forma e cor e abandonando técnicas figurativas e o uso de pincel.

Por volta de 1949, Palatnik iniciou seus experimentos pioneiros com luz e movimento, culminando na criação do Aparelho Cinecromático, que foi exibido na 1ª Bienal Internacional de São Paulo em 1951, recebendo menção honrosa. Em 1954, juntou-se ao Grupo Frente, colaborando com figuras notáveis como Ivan Serpa, Ferreira Gullar e Lygia Clark.

A partir de 1964, Palatnik desenvolveu os Objetos Cinéticos, uma evolução dos cinecromáticos, revelando o mecanismo interno e eliminando a projeção de luz, com o rigor matemático sendo uma constante em sua obra. Palatnik é reconhecido internacionalmente como um dos pioneiros da arte cinética, continuando a influenciar o campo artístico com sua abordagem inovadora.

Fontes:
Foto: http://brasileiros.com.br/2017/02/exposicao-aborda-trajetoria-de-abraham-palatnik-pioneiro-da-arte-cinetica/