Nasceu em Salvador, em 1967, onde vive e desenvolve sua prática artística e religiosa. Sacerdote do Ilê Asipà — um dos quatro espaços preservados dedicados ao culto de Baba Egun, tradição ancestral do oeste africano que sobrevive hoje apenas no Brasil — Oloxedê constrói sua produção artística a partir de símbolos do universo yorubano.

Seu trabalho propõe uma releitura contemporânea de instrumentos rituais ligados aos orixás e aos ancestrais africanos, articulando tradição, espiritualidade e arte. Utilizando materiais como taliscas de coqueiro, guizos e búzios — carregados de significados simbólicos —, o artista afirma a permanência das práticas afro-brasileiras, sem revelar os mistérios que resguardam suas estruturas sagradas. Seu uso de cores vibrantes e composições expressivas reforça a dimensão subjetiva e espiritual de sua obra.

Antonio também é o responsável pela preservação e restauração do legado artístico e religioso de seu avô, o Mestre Didi — importante artista, sacerdote e pesquisador que fundou o Ilê Asipà. Oloxedê já apresentou suas obras em instituições como o Centro Cultural da Barroquinha (antigo terreiro da Barroquinha), o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) e o Museu de Arte do Rio (MAR).