Jorge Duarte é um notável artista plástico brasileiro com uma carreira de 30 anos. Suas obras são parte do acervo de museus significativos como o MAM (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e São Paulo) e o MNBA (Museu Nacional de Belas Artes) e de coleções de renomados colecionadores brasileiros como João Sattamini e Gilberto Chateubriand. Após cinco anos sem expor no Rio de Janeiro, Duarte apresentará uma retrospectiva de sua trajetória artística na Coleção de Arte, no Flamengo, sob curadoria de Santiago Navarro, a partir de 21 de agosto.

Duarte explora a multiplicidade e diversidade de influências em sua obra, que transita entre pintura, gravura, desenhos e esculturas, sempre abordando questões conceituais sobre valores e referências artísticas. Sua exposição incluirá peças que vão desde haicais em telas que remetem às pinturas populares em caminhões, até obras que dialogam com a história da arte, como "Ceci beijou Peri", que interage com a obra de Magritte e a literatura de José de Alencar, refletindo sobre a antropofagia de Oswald de Andrade.

A mostra também destaca sua obra "Ode ao alfacismo", que exibe uma alface sobre uma tábua de carne, e "lar doce lar", um trabalho em couro bovino com a inscrição pirogravada. O artista desafia a categorização, misturando o popular e o erudito, diversificando materiais e referências.

Duarte, membro da Geração 80, foi fundador do coletivo Imaginário Periférico e recebeu prêmios significativos como o Prêmio Bolsa Ivan Serpa da FUNARTE e o Prêmio Icatu de Artes Visuais, que lhe proporcionou uma residência de seis meses em Paris. A exposição oferece uma imersão na obra de Duarte, revelando a complexidade e a riqueza de sua expressão artística.