`Menino e o cão`

Reynaldo Fonseca

`Menino e o cão` Serigrafia Assinada 100 x 70 cm 65/150

Preço regular: R$4.500,00

Preço Promocional R$2.200,00




Reynaldo de Aquino Fonseca frequentou a Escola de Belas Artes de Pernambuco, no Recife, em 1936, onde foi aluno de Lula Cardoso Ayres e cursou magistério em desenho. Em 1944, residiu no Rio de Janeiro e estudou com Candido Portinari por seis meses. Fonseca foi um dos fundadores da Sociedade de Arte Moderna do Recife (SAMR), uma associação que propunha a ruptura com o sistema acadêmico de ensino. Em 1948, realizou uma viagem de estudos à Europa. Entre 1949 e 1951, estudou gravura em metal com Henrique Oswald no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro.

Além de gravura, Fonseca utilizava a aquarela e, predominantemente, a técnica de óleo sobre tela, apresentando uma produção figurativa. Em 1952, tornou-se professor catedrático de desenho artístico na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Frequentou o Ateliê Coletivo, fundado por Abelardo da Hora, e realizou cursos de desenho. Em 1964, criou um mural para o Banco do Brasil no Recife. Após residir no Rio de Janeiro entre 1969 e o início da década de 1980, retornou ao Recife. Em 1980, ilustrou o livro "Pintura e Poesia Brasileiras", com poemas de João Cabral de Melo Neto. Entre 1993 e 1994, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) promoveu uma mostra retrospectiva de sua produção no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Comentário crítico
Reynaldo Fonseca é conhecido por sua contribuição à Sociedade de Arte Moderna do Recife (SAMR), que buscava romper com o ensino acadêmico tradicional e criar um movimento cultural abrangente. Posteriormente, afastou-se da escola pernambucana de pintura e da temática regional.

Fonseca manteve-se à margem das correntes artísticas que buscavam renovar a arte no Brasil. Com uma produção figurativa, trabalhou com aquarela, gravura e, principalmente, óleo sobre tela ou duratex. Seus trabalhos revelam grande domínio do desenho e uso cuidadoso da gama cromática. Frequentemente utilizava recortes de fotografias impressas em jornais e revistas como inspiração.

Seus temas recorrentes incluem cenas familiares com crianças e animais, que evocam um clima de sonho, inquietação e estranheza, reminiscentes do surrealismo e da pintura metafísica. Ele se inspirou nas pinturas do primeiro Renascimento italiano e flamengo, nos pintores primitivos norte-americanos dos séculos XVIII e XIX, e nos surrealistas. Conforme apontado por Roberto Pontual, Fonseca concentrava-se na armação de enigmas, situando-se entre o metafísico e o fantástico, retomando a história da arte de forma paciente e com uma parcela de ironia.


Saiba mais sobre a obra: (11) 9 9695-3218