Frans Krajcberg (Kozienice, Polônia, 1921) é escultor, pintor, gravador e fotógrafo. Estudou engenharia e artes na Universidade de Leningrado. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), perdeu toda a família em um campo de concentração. Mudou-se para a Alemanha, ingressando na Academia de Belas Artes de Stuttgart, onde foi aluno de Willi Baumeister (1889-1955). Chegou ao Brasil em 1948.
Em 1951, participou da 1ª Bienal Internacional de São Paulo com duas pinturas. Residiu por um breve período no Paraná, isolando-se na floresta para pintar. Em 1956, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde dividiu o ateliê com o escultor Franz Weissmann (1911-2005). Naturalizou-se brasileiro no ano seguinte. A partir de 1958, alternou residência entre o Rio de Janeiro, Paris e Ibiza.
Desde 1972, reside em Nova Viçosa, no litoral sul da Bahia. Ampliou o trabalho com escultura, iniciado em Minas Gerais, utilizando troncos e raízes, sobre os quais realiza intervenções. Viaja constantemente para a Amazônia e Mato Grosso e fotografa os desmatamentos e queimadas, revelando imagens dramáticas. Dessas viagens, retorna com raízes e troncos calcinados, que utiliza em suas esculturas.
Na década de 1980, iniciou a série Africana, utilizando raízes, cipós e caules de palmeiras associados a pigmentos minerais. A pesquisa e utilização de elementos da natureza, especialmente da floresta amazônica, e a defesa do meio ambiente, marcam toda a sua obra. O Instituto Frans Krajcberg, em Curitiba, foi inaugurado em 2003, recebendo a doação de mais de uma centena de obras do artista.