Sepp Baendereck
Sepp Baendereck, nascido em 9 de outubro de 1920 em Odžaci, Iugoslávia, foi um renomado artista plástico, pintor, gravador, fotógrafo e publicitário naturalizado brasileiro. Sua formação artística incluiu estudos na Universidade de Belgrado, Universidade de Berlim e na Escola de Belas Artes de Zagreb, concluídos até 1945. Após a Segunda Guerra Mundial, refugiou-se na Áustria, onde integrou o grupo Sezession e ensinou desenho na Escola de Ofícios de Graz.
Em 1948, Baendereck emigrou para o Brasil e começou a trabalhar no Rio de Janeiro em uma empresa de cartazes. Lá, fez amizades importantes com artistas como Portinari, Djanira, Henrique Boese, Santa Rosa e Thiago de Mello. Sua primeira exposição individual ocorreu no Ministério da Educação do Rio em 1951, e ele passou a participar de salões e bienais regularmente.
Baendereck fundou, em 1957, a Denison Propaganda S/A e, em 1959, mudou-se para São Paulo. Realizou 25 exposições individuais em galerias e museus do Brasil e do mundo, destacando-se a retrospectiva "25 anos de Pintura" nos Museus de Arte Moderna de São Paulo e Rio em 1970 e 1971, e a série "Brasil: Terra & Gente" no Museu de Arte de São Paulo e na Petite Galerie do Rio em 1976.
Em outubro de 1977, após uma viagem pelo Alto Solimões, expôs "Novas Notícias do Brasil" na Galeria Global. A partir de 1974, iniciou expedições pela Amazônia, promovendo, em 1978, expedições pelos rios Purus, Solimões e Negro junto com Frans Kracjberg e Pierre Restany. Esta colaboração resultou no "Manifesto do Rio Negro - Naturalismo Integral". Em 1979, o trio apresentou o manifesto no Centre Georges Pompidou em Paris e em várias cidades ao redor do mundo.
Entre 1980 e 1981, Baendereck realizou expedições pelos rios Amazonas, Tapajós, Solimões e Jutaí, expondo imagens da Amazônia na Galeria São Paulo. A partir de 1981, viajou pelo Pantanal e documentou a fauna e flora local, expondo na Galeria S. Sassoun, em São Paulo.
Nos anos de 1984 e 1985, junto com o poeta João Carlos Meirelles e Franz Krajcberg, viajou para o norte do Mato Grosso, documentando a destruição progressiva da selva amazônica. Em 1985, expôs no Teatro Amazonas em Manaus, doando as obras vendidas ao INPA para ajudar na construção do Centro de Pesquisas de Mamíferos Aquáticos.
Em 1986, expôs "Brasil Natureza Morta" com desenhos e fotos de queimadas na Galeria Paulo Figueiredo em São Paulo. Após uma breve pausa em 1987, começou a pintar flores com cores vibrantes, resultando na exposição "Natureza Viva" na Galeria Múltipla.
Sepp Baendereck faleceu em 17 de julho de 1988 em São Paulo.
Fontes:
Foto: https://seppbaendereck.com/about-/
Texto: Pesquisa e curadoria Blombô, com apoio de inteligência artificial para redação e estruturação de conteúdo.