Manoel Martins

Manoel Martins

Trajetória de um Polímata das Artes Brasileiras

Manoel Martins (São Paulo, SP, 1911 - idem, 1979) foi um notável ilustrador, pintor, desenhista, gravador, escultor e ourives. Iniciou sua carreira artística em 1924 como ourives, e em 1927, dedicou-se à relojoaria, seguindo para trabalhar no comércio. Paralelamente a essas atividades, Martins reacendeu sua paixão pelas artes e, a partir de 1931, frequentou as aulas do escultor Vicente Larocca (1892 - 1964).

Buscando aprofundar seus estudos, Martins participou de cursos oferecidos pela Sociedade Pró-Arte Moderna - SPAM, localizada próxima ao Edifício Santa Helena. Em 1936, compartilhou um ateliê com Mario Zanini (1907 - 1971) e conheceu outros membros do Grupo Santa Helena. No ano seguinte, juntou-se à Família Artística Paulista - FAP, um coletivo importante de artistas que buscava renovar a cena artística paulistana.

Em 1939, frequentou as reuniões do Grupo Cultural Musical, iniciativa do médico Afonso Jagle, e estabeleceu seu ateliê na rua Bittencourt Rodrigues. Em 1942, participou das reuniões culturais organizadas por Osório César e contribuiu para a publicação do álbum "35 Litografias de Sete Artistas".

Em 1944, uma viagem marcante a Salvador proporcionou a Martins a oportunidade de ilustrar o livro "Bahia de Todos os Santos", de Jorge Amado (1912 - 2001). Nesse período, também colaborou com o jornalista Odorico Tavares (1912 - 1980) para realizar a primeira exposição de arte moderna na cidade.

Manoel Martins foi uma figura central na evolução da arte brasileira, especialmente em São Paulo, onde suas contribuições influenciaram gerações de artistas. Suas obras, que atravessam diversas formas de expressão artística, continuam a ser celebradas por sua versatilidade e impacto significativo no modernismo brasileiro.

Obras do Artista

Confira a seleção de obras deste artista