Djanira da Motta e Silva

Djanira Da Motta E Silva

Brasil - 1914 - 1979

Djanira da Motta e Silva (1914-1979) foi uma pintora, desenhista, ilustradora e cenógrafa brasileira. Sua tela "Sant'Ana de Pé" está no Museu do Vaticano. O mural "Candomblé" foi encomendado por Jorge Amado, para sua casa em Salvador. É seu também o painel do Liceu Municipal de Petrópolis. O painel Santa Bárbara com 130 m2, está no Museu Nacional de Belas Artes.

Infância e Início da Carreira
Djanira da Motta e Silva nasceu em Avaré, São Paulo, no dia 20 de junho de 1914. Descendente de imigrantes austríacos e neta de índios guaranis, ainda criança mudou-se com a família para Porto União em Santa Catarina. Em 1928 regressou para a sua cidade natal onde trabalhou nos cafezais da região.

Suas recordações da infância, seu contato com gente simples do campo deixaram impressões que mais tarde foram projetadas em seus quadros.

No final da década de 1930, Djanira contraiu tuberculose e foi internada no sanatório de São José dos Campos. Nessa época, fez seu primeiro desenho.

Em 1937, casou-se com Bartolomeu Gomes Pereira, um maquinista da Marinha Mercante, que morreu quando o navio em que estava foi torpedeado por um navio alemão durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1939, Djanira mudou-se para Santa Teresa, no Rio de Janeiro, onde adquiriu a Pensão Mauá, que se tornou um local de convívio de diversos artistas e intelectuais da época.

Em 1940, Djanira passou a ter aulas com os pintores Emeric Marcier e Milton Dacosta, seus hóspedes na pensão. Nesse mesmo ano, frequentava o curso noturno do Liceu de Artes e Ofícios.

Primeiras Exposições e o Reconhecimento
Em 1942, Djanira expôs, pela primeira vez, no Salão Nacional de Belas Artes. Em 1943, realizou sua primeira individual, na Associação Brasileira de Imprensa. Nesse mesmo ano, recebeu “Menção Honrosa” na segunda exposição do Salão Nacional de Belas Artes.


Em 1944, conquistou medalha de bronze no mesmo salão. Nesse mesmo ano, participou da Mostra de Pintores Brasileiros, em Londres. Entre 1945 e 1947, Djanira viveu em Nova Iorque, onde foi influenciada pela pintura de Pieter Brueghel. Em 1946 realizou exposição individual na Sede da União Pan-Americana, em Washington.

Em 1950, Djanira realizou diversas viagens pelo interior do Brasil, em busca de temas para sua produção. Em Salvador, conheceu José Shaw da Motta e Silva, funcionário público, nascido em Salvador. No dia 15 de maio de 1952, se casa no Rio de Janeiro e passa a assinar Dijanira da Motta e Silva.

Entre 1950 e 1951, Djanira pintou o mural “Candomblé”, para a residência de Jorge Amado, em Salvador, e outro para o Liceu Municipal de Petrópolis.

Entre 1953 e 1954, realizou uma viagem de estudos para a União Soviética. Entre 1963 e 1964, confeccionou o painel “Santa Bárbara”, com 130 m2, no túnel do mesmo nome, que liga os bairros de Catumbi e Laranjeiras, no Rio de Janeiro. Posteriormente, o painel foi instalado no Museu Nacional de Belas Artes.

Muito religiosa, em 1963, entrou para a Ordem Terceira Carmelita, da qual recebeu o hábito com o nome de Irmã Teresa do Amor Divino. Em 1972 recebeu um diploma e uma medalha, do Papa Paulo VI. Djanira foi a primeira artista latino-americana a ser representada no Museu do Vaticano, com a obra "Sant’Ana de Pé".

Djanira da Motta e Silva faleceu no Rio de Janeiro, no dia 31 de maio de 1979.

Fontes:
Foto: https://pt.wikipedia.org/wiki/Djanira_da_Motta_e_Silva
Texto: https://www.ebiografia.com/djanira/

Obras do Artista

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