Tomie Ohtake (Quioto, Japão, 1913 - São Paulo, Brasil, 2015) foi uma das principais artistas visuais do Brasil. Nascida no Japão, mudou-se para o Brasil em 1936, onde iniciou sua carreira artística aos 37 anos. Integrante do grupo Seibi, que reunia artistas nipo-brasileiros, Tomie teve sua primeira exposição individual em 1957, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), a convite do crítico Mário Pedrosa.

Reconhecida por suas pinturas abstratas, Tomie também explorou outras técnicas e suportes ao longo de sua carreira. Nos anos 1970, passou a experimentar com diferentes métodos de impressão e, a partir do final da década de 1980, dedicou-se à criação de esculturas monumentais e obras públicas que hoje integram a paisagem de São Paulo e outras cidades brasileiras.

Tomie Ohtake participou de diversas edições da Bienal de São Paulo, além de bienais internacionais como a Bienal de Veneza (1972) e a Bienal de Havana (1984 e 1986). Suas exposições individuais ocorreram em prestigiadas instituições ao redor do mundo, como o Museu Hara de Arte Contemporânea e o Museu Mori de Arte Contemporânea, ambos em Tóquio, o Barbican Centre em Londres, o Bass Museum of Art em Miami, além dos principais museus brasileiros, incluindo o MASP e o MAM-RJ.

Sua obra faz parte de importantes coleções como as do MASP, MAM-SP, MAM-RJ, MAC-USP, MAC-Niterói, e a Pinacoteca do Estado de São Paulo, além de coleções internacionais como a Coleção Patricia Phelps de Cisneros. Tomie Ohtake é lembrada como uma das grandes figuras da arte contemporânea brasileira, cuja produção transcendeu fronteiras e deixou um legado imensurável para a cultura do país.