sem título

Carybé

sem título Serigrafia , 1978 Assinada no canto inferior direito 46 x 85 cm 31/700

Tiragem: 31-700 | Medidas internas: 34 x 74 cm | Medidas com moldura: 46 x 85 cm | Assinada a lápis pelo artista no canto inferior direito | Com moldura em madeira e proteção de vidro | Uma das duas serigrafias que acompanhavam o livro de Jorge Amado "A Morte de Quincas Berro D'água". Edição Alumbramento, de 1978, impressa na Gráfica Olímpica de Luis Franco, no Rio de Janeiro.

R$2.070,00

OBRA VENDIDA

-


Hector Julio Páride Bernabó, mais conhecido como Carybé (Lanús, Argentina, 1911 - Salvador, Bahia, 1997), foi um artista multifacetado que trabalhou como pintor, gravador, desenhista, ilustrador, mosaicista, ceramista, entalhador e muralista. Desde jovem, Carybé esteve envolvido com as artes, frequentando o ateliê de cerâmica de seu irmão Arnaldo Bernabó no Rio de Janeiro por volta de 1925. Entre 1941 e 1942, viajou por países da América do Sul e, após retornar à Argentina, traduziu o livro "Macunaíma" de Mário de Andrade para o espanhol em 1943, ano em que também realizou sua primeira exposição individual em Buenos Aires.

Em 1944, Carybé visitou Salvador e foi profundamente influenciado pela religiosidade e cultura local. Trabalhou no jornal "Diário Carioca" no Rio de Janeiro em 1946 e foi contratado por Carlos Lacerda para trabalhar no jornal "Tribuna da Imprensa" entre 1949 e 1950. Em 1950, mudou-se definitivamente para Salvador para trabalhar em painéis para o Centro Educacional Carneiro Ribeiro, a convite de Anísio Teixeira, então secretário da Educação da Bahia.

Carybé tornou-se um membro ativo do movimento de renovação das artes plásticas na Bahia, trabalhando ao lado de artistas como Mario Cravo Júnior e Jenner Augusto. Naturalizou-se brasileiro em 1957 e, em 1981, publicou "Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia". Ilustrou obras de autores renomados como Gabriel García Márquez e Jorge Amado, consolidando sua reputação como um dos principais artistas visuais do Brasil.