Mira - Sem moldura.

Mira Schendel

Sem Título Outra , 1964 48 x 25 cm
R$41.800,00


Myrrha Dagmar Dub, mais conhecida como Mira Schendel (Zurique, Suíça, 1919 - São Paulo, Brasil, 1988), foi uma influente desenhista, pintora e escultora. Sua obra é reconhecida por sua originalidade e contribuição significativa à arte moderna brasileira.

Primeiros Anos e Formação:
Mira Schendel mudou-se para Milão, Itália, na década de 1930, onde estudou arte e filosofia. No entanto, seus estudos foram interrompidos pela Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Após a guerra, em 1946, ela se estabeleceu em Roma. Em 1949, obteve permissão para se mudar para o Brasil.

Início da Carreira no Brasil:
Inicialmente, Mira estabeleceu residência em Porto Alegre, onde trabalhou com design gráfico, pintura, escultura em cerâmica, poemas e restauro de imagens barrocas, assinando com seu nome de casada Mirra Hargesheimer. Sua participação na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, marcou sua entrada na cena artística nacional e permitiu contato com experiências internacionais.

Mudança para São Paulo:
Dois anos após a Bienal, Mira mudou-se para São Paulo e adotou o sobrenome Schendel. Nos anos 1960, ela começou a realizar desenhos em papel de arroz. Em 1966, criou a série "Droguinhas", elaborada com papel de arroz retorcido e trançado, apresentada em Londres na Galeria Signals, por indicação do crítico de arte Guy Brett. Nesse ano, ela também passou por Milão, Veneza, Lisboa e Stuttgart, onde conheceu o filósofo e semiólogo Max Bense, que contribuiu para a realização de sua exposição em Nurembergue, Alemanha, e escreveu o texto do catálogo.

Exploração de Novos Materiais:
Em 1968, Mira começou a produzir obras utilizando o acrílico, como "Objetos Gráficos" e "Toquinhos". Entre 1970 e 1971, ela realizou um conjunto de 150 cadernos, que foram desdobrados em várias séries. Na década de 1980, produziu as têmperas brancas e negras, os "Sarrafos" e iniciou uma série de quadros com pó de tijolo.

Legado e Reconhecimento:
Após sua morte em 1988, muitas exposições apresentaram sua obra dentro e fora do Brasil. Em 1994, a 22ª Bienal Internacional de São Paulo lhe dedicou uma sala especial. Em 1997, o marchand Paulo Figueiredo doou um grande número de suas obras ao Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP).


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