Coreografia do Caos

Artista: Betina Samaia

Título: Coreografia do Caos
Ref: 2012840000

BETINA SAMAIA A Coreografia do Caos Há essas duas cidades em mim: São Paulo e Rio. Vivo entre suas pontes aéreas invisíveis, suas áreas de pousos, de decolagens, seus altos e baixos. Altos muito altos. Baixos muito baixos. Situações de extremidades, de riscos e de festas. Numa cidade, montanhas; noutra, montanhas-russas. São mais do que cidades, são sensações. E, a partir delas, reconstruo minhas imagens. Sobreponho momentos que, mesmo congelados, continuam em vibração. Assim recrio essas cidades que se tornam fictícias em três dimensões: altura, largura e profundidade. Mas também: alto, baixo e dentro. Numa, vejo as correntes de luzes vermelhas em movimento. São lavas ascendentes, como um vulcão que escorre para cima. Anúncio de erupção iminente, enquanto uma asa-delta vai pousando lentamente. Noutra, automóveis deslizam por pistas em loop. A cidade é um parque de diversões, sustentada por cabos frágeis. Anoitece e há sempre alguma festa escondida, uma promessa de eldorado. Mas, ao olhar para baixo, vertigem. Há um precipício entres as avenidas largas. Essas cidades de polaridades também possuem picos próprios. Numa, é o Cristo que brilha, iluminado. Noutra, são torres metálicas, emitindo sinais dourados. E, sobre tudo isso, o céu: às vezes, carregado de estrelas; outras, um firmamento liso, onde as luzes vêm apenas das janelas. Há uma grandiosidade nessas paisagens, e a quero ampliada. Amplio a imensidão. E ela, por sua vez, nos amplia, num movimento sem fim.

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Informações adicionais
  • Artista: Betina Samaia
  • Técnica: Fotografia
  • Suporte da Obra: Papel
  • Anos: 2019
  • Origem: Brasil
  • Estado de conservação: Bom
  • Dimensões: 120 x 180 cm
R$18.000,00
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BETINA SAMAIA A Coreografia do Caos Há essas duas cidades em mim: São Paulo e Rio. Vivo entre suas pontes aéreas invisíveis, suas áreas de pousos, de decolagens, seus altos e baixos. Altos muito altos. Baixos muito baixos. Situações de extremidades, de riscos e de festas. Numa cidade, montanhas; noutra, montanhas-russas. São mais do que cidades, são sensações. E, a partir delas, reconstruo minhas imagens. Sobreponho momentos que, mesmo congelados, continuam em vibração. Assim recrio essas cidades que se tornam fictícias em três dimensões: altura, largura e profundidade. Mas também: alto, baixo e dentro. Numa, vejo as correntes de luzes vermelhas em movimento. São lavas ascendentes, como um vulcão que escorre para cima. Anúncio de erupção iminente, enquanto uma asa-delta vai pousando lentamente. Noutra, automóveis deslizam por pistas em loop. A cidade é um parque de diversões, sustentada por cabos frágeis. Anoitece e há sempre alguma festa escondida, uma promessa de eldorado. Mas, ao olhar para baixo, vertigem. Há um precipício entres as avenidas largas. Essas cidades de polaridades também possuem picos próprios. Numa, é o Cristo que brilha, iluminado. Noutra, são torres metálicas, emitindo sinais dourados. E, sobre tudo isso, o céu: às vezes, carregado de estrelas; outras, um firmamento liso, onde as luzes vêm apenas das janelas. Há uma grandiosidade nessas paisagens, e a quero ampliada. Amplio a imensidão. E ela, por sua vez, nos amplia, num movimento sem fim.