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Confira as mostras que continuam em cartaz durante os primeiros meses de 2020
Durante todo o ano de 2019 o MASP vai dedicar suas atividades às artistas mulheres. A temática começou com a exposição da artista mineira Sonia Gomes, que fez a transição de "Histórias Afro-Atlânticas" (eleita a melhor do ano pelo New York Times) de 2018 para a atual "Histórias das mulheres, histórias feministas".
Aberta no último dia 5 para o público, Tarsila Popular é uma das maiores e mais amplas mostras já feitas sobre o trabalho da artista Tarsila do Amaral (Capivari 1886 - São Paulo 1973). Obras icônicas como Abaporu (1928), Antropofagia (1929) e Operários (1955) estão reunidas numa rara oportunidade para serem apreciadas juntas, e o público que fez fila na abertura do primeiro dia sabia disso. Não por acaso, Abaporu ganha maior atenção dos visitantes: a obra pertence ao MALBA - Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires - e é considerada a obra brasileira mais valiosa do mundo.
O Brasil tem para com a cultura uruguaia uma dívida impagável. Nada do que fizermos poderá reverter o dano que causamos. Em julho de 1978, realizava-se no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro a exposição Geometria Sensível, com centenas de trabalhos nacionais e estrangeiros e uma sala especial dedicada a um dos precursores e grandes representantes da tendência: o uruguaio Joaquín Torres García (1874-1949). Uma retrospectiva com oitenta obras cuidadosamente selecionadas dentro de uma produção pequena. Na noite do dia 8 o MAM pegou fogo e nada sobrou. Foi-se na fumaça o que havia de melhor no legado do maior artista daquele país. Simples assim: acabou.
Em fevereiro, o MASP - Museu de Arte de São Paulo - traz as primeiras oficinas infantis de 2019. Os eventos são gratuitos e a participação se dá mediante inscrição online pelo site do museu. A primeira oficina será nos dias 9 e 10 (sábado e domingo) direcionada a crianças entre 8 e 12 anos, com a artista Leda Catunda, que irá propor exercícios de colagem e pintura sobre tecidos estampados com cores e texturas variadas.
Até se tornarem ícones inabaláveis – como Portinari, Tarsila, Volpi –, mesmo grandes artistas têm fases de menor visibilidade. O baiano Rubem Valentim (1922-1991), que na década de 1970 e 80 chegava a ser citado ao lado de Tarsila e Volpi, andou sumido. Neste instante, está merecidamente voltando à tona numa ampla e bonita exposição no Museu de Arte de São Paulo.