Samson Flexor (Soroca, Bessarábia, Rússia, 1907 - São Paulo, Brasil, 1971) foi um pintor, desenhista, muralista e professor. Em 1922, mudou-se para a Bélgica, onde estudou química e cursou pintura na Académie Royale des Beaux-Arts. Dois anos depois, transferiu-se para Paris, onde estudou na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts sob a orientação de Lucien Simon e cursou história da arte na Sorbonne.

Em 1926, Flexor frequentou as academias La Grande Chaumière e Ranson, recebendo aulas de Roger Bissière. No ano seguinte, realizou sua primeira exposição individual na Galeria Campagne Première, em Paris. Em 1929, participou da fundação do Salon des Surindépendants, atuando como diretor até 1938. Convertido ao catolicismo em 1933, passou a executar pinturas murais de cunho religioso.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Flexor integrou a Resistência Francesa e foi forçado a fugir de Paris, período em que suas pinturas se tornaram mais sombrias, explorando temas expressionistas e cubistas sobre a Paixão de Cristo. Em 1946, visitou o Brasil e expôs na Galeria Prestes Maia, em São Paulo, fixando residência na cidade em 1948.

Motivado pelo crítico Léon Dégand, então diretor do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), Flexor aproximou-se do abstracionismo geométrico e fundou, em 1951, o Atelier-Abstração, onde lecionou para artistas como Jacques Douchez, Norberto Nicola, Leopoldo Raimo, Alberto Teixeira e Wega Nery. Na década de 1960, suas obras evoluíram para uma abstração lírica e uma nova abordagem da figuração.