Sérgio Ferro

Sérgio Ferro Pereira (Curitiba, PR, 1938) é um renomado pintor, desenhista, arquiteto e professor brasileiro. Formou-se em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP) em 1962. Três anos depois, completou a pós-graduação em museologia e evolução urbana na mesma faculdade.

Em 1965, Sérgio participou da organização da mostra "Opinião 65" no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), onde também expôs. Em 1966, cursou semiologia na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Durante a década de 1960, integrou o Grupo Arquitetura Nova junto com Flávio Império e Rodrigo Lefèvre, colaborando em projetos que buscavam uma nova abordagem para a arquitetura brasileira.

Sérgio Ferro foi professor da Escola de Formação Superior de Desenho de 1962 a 1968, ensinou história da arte e estética na FAU/USP de 1962 a 1970 e lecionou no curso de arquitetura da Universidade de Brasília (UnB) entre 1969 e 1970. Devido à ditadura militar no Brasil, mudou-se para a França em 1972. Lá, ensinou na École Nationale Supérieure d'Architecture de Grenoble até 2003, onde também fundou e dirigiu o laboratório Dessin/Chantier de 1982 a 1997.

Sérgio Ferro é conhecido por suas pinturas figurativas, inspiradas principalmente nas figuras presentes nos desenhos e pinturas de Michelangelo Buonarroti. Recebeu o prêmio de melhor pintor da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) em 1987. Publicou vários livros, incluindo "O Canteiro e o Desenho" (1979), "Michelangelo: Notas por Sérgio Ferro" (1981) e "Michel-Ange, Architecte et Sculpteur" (1998).

Além de sua carreira acadêmica e artística, Sérgio Ferro realizou murais para diversas instituições na França e no Brasil, como o Memorial da América Latina (1990) e o Memorial de Curitiba (1996 e 2002).