Sérgio Camargo
Brasil - 1930 - 1990
Sérgio Camargo foi um escultor e artista plástico brasileiro de renome internacional, reconhecido por suas contribuições significativas ao movimento construtivista e por sua habilidade em manipular luz e sombra em suas obras.
Nascido no Rio de Janeiro, Sérgio Camargo teve uma formação artística diversificada. Estudou na Academia Altamira em Buenos Aires com Emilio Pettoruti e Lucio Fontana, e mais tarde cursou filosofia na Sorbonne, em Paris. Em suas viagens pela Europa em 1948, entrou em contato com importantes artistas como Brancusi, Arp, Henri Laurens e Georges Vantongerloo, que influenciaram sua visão artística.
Ao retornar ao Brasil em 1950, Sérgio começou a contribuir ativamente para o movimento construtivista. Em 1953, voltou à Europa e em 1954, viajou para a China. Entre 1961 e 1974, estabeleceu-se em Paris, tornando-se membro do Groupe de Recherche d'Art Visuel em 1963. Durante este período, concentrou-se na criação de superfícies brancas monocromáticas estruturadas em "Volumes poliédricos de leituras mutáveis", utilizando formas paralelepípedas e relevos cilíndricos em madeira. Seus trabalhos propunham um jogo de luz e sombra que explorava as ideias de ordem e caos, plenitude e vazio.
Em 1963, Sérgio recebeu o Prêmio Internacional de Escultura da Bienal de Paris, consolidando sua posição no cenário artístico internacional. Após este período, retornou ao Brasil em 1967, onde colaborou com Oscar Niemeyer na criação das fundações do prédio do Ministério das Relações Exteriores em Brasília. Durante os anos 60 e 70, exibiu suas obras em inúmeras exposições, incluindo a Bienal de Veneza em 1966.
Sérgio Camargo faleceu no Rio de Janeiro em 1990. Seu legado continua vivo, com obras em exibição permanente na Tate Gallery em Londres, entre outras importantes coleções.
Em sua homenagem, uma rua na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, foi batizada como Rua Escultor Sérgio de Camargo, em um entorno que celebra outros artistas plásticos brasileiros de destaque, como Alfredo Ceschiatti, Franz Weissman e Mário Agostinelli.