Raymundo Colares

Raymundo Felicíssimo Colares, nascido em Grão Mogol, Minas Gerais, em 1944, destacou-se como um dos mais inovadores artistas brasileiros do século XX. Em 1966, iniciou seus estudos na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EBA/UFRJ), onde formou amizade com os renomados artistas Antonio Manuel e Hélio Oiticica. No ano seguinte, Colares deixou a EBA para frequentar o ateliê livre de Ivan Serpa no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). Foi durante esse período que ele participou da emblemática exposição Nova Objetividade Brasileira, a convite de Antonio Dias.

A partir de 1968, Colares começou a produzir seus famosos "gibis" - livros-objeto que convidavam os espectadores a manusear suas folhas coloridas e dobradas. Em 1969, ele apresentou seus primeiros trabalhos tridimensionais em alumínio pintado. No mesmo ano, lecionou no Ateliê Livre do MAM/RJ, consolidando sua influência como educador.

Em 1970, Colares recebeu o prêmio de viagem ao exterior do Salão Nacional de Arte Moderna (SNAM), permitindo-lhe expandir seus horizontes artísticos em Nova York, Trento e Milão. Após retornar ao Brasil, mudou-se para Montes Claros, Minas Gerais, onde residiu até 1981, quando se estabeleceu em Teresópolis, Rio de Janeiro.

Em 1983, as galerias Saramenha e Paulo Klabin, no Rio de Janeiro, organizaram uma mostra retrospectiva de sua obra, reconhecendo sua significativa contribuição para a arte brasileira. Nesse mesmo ano, voltou a lecionar no ateliê do MAM/RJ, continuando a inspirar e formar novas gerações de artistas até sua morte em 1986.