Jorge Garnica
Nascido em Buenos Aires; pintor, desenhista, fabricante de brinquedos escultóricos, artista postal. A partir de 1981, a Sociedade Mútua de Estudantes e Licenciados em Belas Artes, MEEBA, começou a desenhar e pintar nas oficinas gratuitas, continuando depois como autodidata.
Expõe desde 1983, com a chegada da democracia, participando pela primeira vez de uma exposição de pintura no concurso organizado pela Assembleia Permanente dos Direitos Humanos na La Casa de Castagnino.
Com o advento da democracia, passou a produzir -simultaneamente- quadrinhos do gênero “realismo sujo”, publicando em revistas alternativas e de grande circulação; destacam-se as publicações "Porcos e Peixes", "Borracha", "Ferro (Oxido)", "Palantir", "Buraco Negro", "O veludo subterrâneo", etc.
No início dos anos 90, faz contato com os artistas plásticos Edgardo Vigo e Clemente Padín, do Uruguai; começando na arte postal, trocou correspondência com artistas e instituições de todo o mundo. Trata da poesia visual -ou visiva-, desenvolvendo uma escrita experimental que parte da reorganização de signos e símbolos provenientes de arquétipos e codificações da cibernética; aludindo ao indizível das coisas e ao conhecimento silencioso.
Também nesses anos passou a frequentar reuniões no tradicional Clube El Progreso, convidado pela artista e teórica Fabiana Barreda, integrando um grupo de artistas e intelectuais que investigavam a obra de Xul Solar. A experiência foi decisiva e até hoje, após a breve passagem por aquele grupo, continua o caminho dessa experiência inicial, gerando um imaginário ligado à tradição da pintura argentina e latino-americana.
Em 1995, integrou a exposição 70 – 80 – 90 em homenagem ao centenário do Museu Nacional de Belas Artes.
No ano 2000 criou o Espacio Vera, uma casa-galeria onde se reúnem jovens criadores das artes plásticas, da música e do teatro. O projeto subsiste por três anos pagos pelo artista sem qualquer tipo de subsídio, terminando com a crise econômica que desencadeou a queda do governo do ex-presidente De La Rua.
Fez parte das Comissões Consultivas para o desenvolvimento do Plano Estratégico da Cidade de Buenos Aires, na área de artes plásticas, a convite das autoridades do Centro Cultural Recoleta.
Durante 2003 e 2013 foi convidado para o Prêmio Trabucco de Desenho organizado pela Academia Nacional de Belas Artes, reservado apenas para figuras destacadas da arte argentina.
Em 2006 trabalhou ad honoren em oficinas gratuitas de formação em desenho para os internos da Unidade Penitenciária de Devoto nº 2 coordenada pela Cáritas Argentina.
Recebeu prêmios e menções honrosas da Associação Argentina de Críticos de Arte, do Fundo Nacional para as Artes, do Salão Nacional de Pintura do Ministério da Cultura da Nação, do Salão de Arte Manuel Belgrano do Município de Buenos Aires e de entidades privadas. Realizou exposições individuais e coletivas no exterior. Fazia parte dos embarques patrocinados pelo Itamaraty argentino para a Ásia e o Oriente Médio. Em 2010 integra a exposição organizada pelo Prêmio Banco Central de la República Argentina no Museu Nacional de Belas Artes com exposições em diferentes províncias do país.
