Gustavo Caboco

Gustavo Caboco

1989, Curitiba/RR, Brasil
Vive e trabalha em Cuiabá, Brasil

Gustavo Caboco, artista do povo Wapichana, atua em artes visuais, literatura e cinema, explorando temas relacionados ao deslocamento de corpos indígenas, processos de (re)territorialização e memória ancestral. Sua prática se manifesta em diversas linguagens, como desenho, pintura, têxtil, instalação, performance, fotografia, vídeo, som e texto.

Sua iniciação artística aconteceu ainda criança, no ateliê de costura de sua mãe, Lucilene Wapichana, de quem herdou narrativas sobre a família e a paisagem da maloca do Canauanim, em Roraima. Aprender a costurar enquanto ouvia essas histórias se tornou a base de sua pesquisa, que busca caminhos de retorno ao território originário, conectando a memória ancestral à terra de forma viva e contínua.

Além de suas produções em ateliê e exposições, Gustavo realiza oficinas e encontros em escolas, universidades, centros culturais, comunidades indígenas e quilombolas, fortalecendo práticas pedagógicas anticoloniais e investigando acervos e arquivos museológicos como ferramenta de contraponto às narrativas coloniais.

Entre suas exposições individuais destacam-se Manhaba’u: onde toca o invisível (2024) e ouvir à terra (2023), na Millan, em São Paulo. Atuou como curador do Pavilhão Hãhãwpuá, na 60ª Bienal de Veneza (2024), e participou do encontro indígena aabaakwad no pavilhão Sámi, na Bienal de Veneza (2023). Realizou residência e o seminário Fortalecendo Fios no British Museum, em Londres (2023). Em 2022, apresentou Coma Colonial no Centro Cultural São Paulo – CCSP, participou do projeto Respiração 25: Devir Indígena na Casa Museu Eva Klabin, Rio de Janeiro, e realizou a performance encontro di-fuso na Universidade de Manchester.

Participou de coletivas como Threads to the South (ISLAA, Nova York, 2024); Mupotyra: arqueologia amazônica (MuBE, 2024); Objeto Sujeito (Museu Paranaense, 2024); Indigenous Histories (Kode Stenersen Museum, Noruega, 2024); Histórias Indígenas (MASP, 2023); Um Século de Agora (Itaú Cultural, 2022); Parábola do Progresso (Sesc Pompéia, 2022); Atos de Revolta (MAM Rio, 2022); 34ª Bienal de São Paulo (2021); Moquém Surarï (MAM São Paulo, 2021); Véxoa: Nós Sabemos (Pinacoteca de São Paulo, 2020); e VAIVÉM (CCBB São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília, 2019).

Suas obras integram acervos do Denver Art Museum (EUA), ISLAA (EUA), Kadist (França), Museu de Arte do Rio – MAR, Museu Oscar Niemeyer, Museu da Língua Portuguesa, Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Museu Paranaense e Pinacoteca de São Paulo.

Fontes:
Texto: Pesquisa e curadoria Blombô, com apoio de inteligência artificial para redação e estruturação de conteúdo.

Obras do artista

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