Guignard

Alberto da Veiga Guignard (Nova Friburgo, Rio de Janeiro, 1896 - Belo Horizonte, Minas Gerais, 1962).
Artista, professor, pintor, gravador e ilustrador. Ele se mudou para a Europa com sua família em 1907. Em duas ocasiões, entre 1917 e 1918 e entre 1921 e 1923, frequentou a Königliche Akademie der Bildenden Künste [Academia Real de Belas Artes] em Munique, onde estudou com Hermann Groeber (1865). ) - 1935) e Adolf Hengeler (1863 - 1927). Desenvolveu-se em Florença e Paris, onde participou no Salão de Outono. Retorna ao Rio de Janeiro em 1929 e se insere no cenário cultural através do contato com Ismael Nery (1900 - 1934). No ano seguinte, instalou um ateliê no Jardim Botânico, onde expôs em diversas obras.
Participou do Salão Revolucionário de 1931, e foi destacado por Mário de Andrade (1893 - 1945) como uma revelação do momento. De 1931 a 1943, dedicou-se ao ensino de desenho e gravação na Fundação Osório, Rio de Janeiro. Entre 1940 e 1942, hospedou-se em um hotel em Itatiaia, pintou a região e decorou peças e quartos de hotel. Em 1941, integrou a Comissão Organizadora da Divisão de Arte Moderna do Salão Nacional de Belas Artes, com Oscar Niemeyer (1907 - 2012) e Aníbal Machado (1894 - 1964). Em 1943, ele começou a ensinar alunos em seu estúdio e formou o Grupo Guignard.
Em 1944, a convite do prefeito Juscelino Kubitschek (1902 - 1976), mudou-se para Belo Horizonte e passou a lecionar e dirigir um curso de pintura na Escola de Belas Artes, por meio do qual participaram: Amilcar de Castro (1920 - 2002), Farnese de Andrade (1926 - 1996) e Lygia Clark (1920 - 1988), entre outros. Ficou à frente da escola até 1962, quando, em sua homenagem, passou a se chamar Escola Guignard. Sua produção inclui paisagens, retratos e pinturas com temas religiosos.