Gerald Thomas

Gerald Thomas

Estados Unidos - 1954

Gerald Thomas é um autor e diretor de teatro cujas habilidades alcançam a dramaturgia, iluminação, cenografia, figurino, desenho e música. Nascido em Nova York (EUA), em 1954, sua extensa trajetória o fez passar por pelo menos 15 países e vencer por duas vezes o Prêmio Molière e uma vez o Prêmio Mambembe. Criador de uma estética elaborada a partir do uso diferenciado de cada um dos recursos teatrais e orientada pelo conceito de “ópera seca”. No Brasil, Thomas renovou a cena teatral das décadas de 1980 e 1990, dirigindo, entre outros: Fernanda Montenegro, Tônia Carrero, Sérgio Britto, Ítalo Rossi, Rubens Corrêa, Marco Nanini, Ney Latorraca, Julian Beck, em peças marcadas pela ousadia e irreverência, tornando-o um dos mais instigantes encenadores da atualidade. Sua carreira teve início em Londres, onde participou do grupo performático e multimídia Exploding Galaxy. No grupo amador Hoxton Theatre Company, realizou suas primeiras experiências como diretor. Já em Nova York, trabalhou no La MaMa, espaço dedicado a encenações experimentais de todo o mundo, onde produziu três espetáculos consecutivos, com textos de Samuel Beckett. Desde o seu primeiro projeto, Thomas visa uma proposta teatral na qual a identificação emocional seja suprimida, dedicando-se a mostrar o pensamento como processo, e o processo como tempo e espaço da cena. Trabalhou com Samuel Beckett, inicialmente em Paris, adaptando novas ficções do autor, entre elas, All Strange Away e That Time com Julian Beck, em sua única atuação como ator fora do Living Theatre. Em 1986, fundou a Companhia de Ópera Seca, onde solidifica sua dramaturgia paródica e desconstrutivista, além de iniciar parceria com o compositor Philip Glass e o dramaturgo alemão Heiner Müller. O filósofo Gerd Bornheim considera que Thomas representa, no campo das discussões teatrais, mais do que um propositor de estéticas, mas “um pensador prático criador de uma Poética, ou seja, de um modo de produzir o novo”. Thomas é ainda autor dos livros: “Nada prova nada” (Record, 2011), “Arranhando a superfície” (Cobogó, 2012) e da autobiografia “Entre duas fileiras” (Record, 2016). Sobre o seu trabalho há a publicação “Um circo de rins e fígados: o teatro de Gerald Thomas” (Edições Sesc, 2019).

Obras do Artista

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