Ferreira Gullar
Brasil - 1930 - 2016
Ferreira Gullar, pseudônimo de José de Ribamar Ferreira, foi um renomado poeta, crítico de arte e ensaísta brasileiro nascido em 10 de setembro de 1930, em São Luís, Maranhão. Ele foi fundamental na iniciação da "Poesia Concreta" com seu livro "A Luta Corporal" e foi líder do movimento literário "Neoconcreto". Recebeu o prestigioso Prêmio Camões em 2010 e foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 2014.
Gullar começou a escrever poesia aos 13 anos e publicou seu primeiro livro de poesias intitulado "Um Pouco Acima do Chão" aos 18. Mudou-se para o Rio de Janeiro e trabalhou como jornalista, participando ativamente das cenas cultural e política. Inicialmente adotou a poesia concreta, mas logo se afastou para formar o grupo Neoconcreto com artistas como Lygia Clark e Hélio Oiticica, enfatizando uma forma de arte mais expressiva que envolvia o corpo e os sentidos do espectador.
Nos turbulentos anos 1960, o trabalho de Gullar tomou um rumo populista e progressista, refletindo as turbulências sociais e políticas da época. Após o golpe militar de 1964 no Brasil, ele foi associado ao Partido Comunista e ao movimento cultural Opinião, o que levou à sua prisão e subsequente exílio em 1971. Viveu em Paris e Buenos Aires até 1977, quando retornou ao Brasil após ser absolvido pelo Supremo Tribunal Federal.
Enquanto estava no exílio, Gullar escreveu "Poema Sujo" em 1975, uma obra crucial que expressava os profundos conflitos e crises dos intelectuais durante o regime militar. Ele também contribuiu para o teatro e a televisão, escrevendo peças e roteiros que muitas vezes exploravam a paisagem sócio-política do Brasil.
Ao longo de sua carreira, Gullar recebeu inúmeros prêmios, incluindo o Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Ficção em 2007 com "Resmungos" e o Prêmio Jabuti de Poesia. Ele continuou ativo nas artes, realizando sua exposição "A Revelação do Avesso" em 2014, apresentando trinta pinturas criadas a partir de colagens de papel colorido.
Ferreira Gullar faleceu em 4 de dezembro de 2016, no Rio de Janeiro, deixando um legado que transcende os reinos da poesia e da arte, marcado por um compromisso implacável em explorar a condição humana e questões sociais.
Fontes:
Texto: Pesquisa e curadoria Blombô, com apoio de inteligência artificial para redação e estruturação de conteúdo.