Emanuel Vasco Nunes

Emanuel Nunes nasceu em Maputo, Moçambique em 1968, com pais portugueses e uma irmã. Seu pai técnico em metalúrgica e artista plástico por opção, vindo daí seu interesse precoce pelas artes e pelas construções. Em 1974, seus pais emigraram para o Malawi e em 1977 fixam residência em Lisboa, onde se profissionalizou e dominou a técnica de fundição.Dos 16 aos 18 anos, frequentou a Escola de Belas Artes como aluno assistente, aprendendo a moldar nos ateliês dos grandes mestres da escultura como João Fragoso e Dorita Castelo Branco, “Deu-me a mão e me ajudou muito, acompanhei-a durante dez anos até o fim de sua vida”.


Estudou na Espanha na Fundição K “cera perdida”, e na Fundição do Museu do Louvre, na França. Todo conhecimento e experiência adquiridos fizeram-no mestre em fundição de obras de arte abrindo assim sua sua própria empresa, a Fundarte (1985-2005). Construiu nesta, com reconhecimento internacional, muitas obras, algumas citadas: a maior obra escultórica construída e exposta em Portimao com 12 metros de altura e pesando 20 toneladas, reprodução da Deusa Kum lam, com 25 metros de altura e 50 toneladas de autoria de Cristina Rocha Leiria oferecida pelo Presidente da Republica Jorge Sampaio ao território de Macau.


Seus trabalhos encontram-se expostos em museus, espaços públicos e privados em Portugal, Moscou, Turquia, França, Itália, Holanda, Madeira, Açores, Suíça, Espanha e Estados Unidos. Todas as obras expostas estão assinadas com o carimbo da Fundição Fundarte, onde representa a fundição, ateliê e qualidade do processo em “cera perdida”.


Em 2005, em visita ao Brasil, com apoio de amigos portugueses residentes no Brasil, consegue trabalhar em diversas áreas em São Paulo, Rio de Janeiro e outros Estados.


Em 2007 em uma viagem a trabalho, chega ao Estado de Santa Catarina, identificando-se imediatamente com o povo e a cultura, onde decidiu ficar e não retornar a Portugal até então, apenas para negócios.


Hoje reside na cidade de Balneário Camboriú/SC, com um home atelier para receber clientes especiais e possui um atelier no Resort Plaza Itapema Boulevard em Itapema/SC, com exposição de obras de arte e esculturas.


Trabalha com obras de alto padrão para residências e empreendimentos em todo país, sendo um dos mais conceituados em fachadas de prédios nas maiores construtoras do país.



Neste ano de 2020 completa 35 anos de profissão, com muito orgulho e história.


Em relação a sua arte moderna o artista europeu fala:


“A totalidade tem uma qualidade própria diferente da soma das partes, e que é mais importante apreender esta qualidade única da totalidade que se perder no estudo dos detalhes. Ou seja, o detalhe deve ser estritamente subordinado a criação de ritmo dominante. Tanto em uma pintura quanto em sua escultura. Eu me ocupo do arabesco, como os artistas da Renascença, o risco era atraído por eles.


Vê desde logo tuas proporções, e não as perdes. Mas as proporções, de acordo com a medida correta, são afinal exíguas exceto se confirmadas pelo sentimento e expressivas do caráter físico particular do modelo. Portanto, exagera de acordo com o caráter determinado para a expressão.


Não se deve fazer o modelo para que concorde com uma teoria ou um efeito preconcebido. Deve te impressionar, despertar em ti uma emoção, que por vezes buscas expressar. Deves esquecer todas as tuas teorias, todas as tuas ideias anteriores ao tema. Que parte delas é realmente tua será expressada na tua expressão da emoção despertada em ti pelo tema.


Para além das sensações que se derivam de um desenho, uma escultura nos deve convidar a manuseá-la como um objeto, precisamente assim deve ser um escultor, sentir, ao fazê-la, as demandas particulares de volume e massa. Quanto menor o trecho da escultura, mais devem existir as essências e formas.


Tornou-se, pois, uma questão de mais uma vez tentar trabalhar pelo sentimento e pelo instinto, uma questão de descobrir formas que expressassem “ o intangível”.”