Bruno Vilela

Nascido em 1977, é um artista plástico brasileiro cuja trajetória artística começou nos anos 90, inicialmente através do grafite em shows, bares e boates. Em 1993, iniciou estudos formais em desenho de observação e pintura a óleo em um curso de extensão da UFPE. A chegada do mestre japonês Shunishi Yamada a Recife, em 1998, foi decisiva para Vilela, que optou por deixar o curso de graduação em Artes Plásticas da UFPE para dedicar-se integralmente ao aprendizado com Yamada, a quem credita toda sua formação artística.

Vilela expressa que sua obra emerge de sonhos e pesadelos, transformando essas visões do inconsciente em pinturas. Ele explora a desconstrução e realocação de mitos ancestrais, liturgias e o imaginário das religiões, buscando dar forma visual às imagens do inconsciente. Desde 2010, desenvolve uma pesquisa que interliga fotografia, desenho e pintura, e busca estabelecer conexões entre literatura e artes plásticas. Ele afirma não ter interesse em criar arte estritamente contemporânea, mas sim atemporal, fundamentada em uma "mitologia pessoal".

Seu processo criativo assemelha-se ao de uma produção cinematográfica: prepara uma cena com modelos, atrizes, figurinos e iluminação específica, captura imagens fotográficas e seleciona a melhor para transpor para a tela, onde utiliza óleo para alcançar detalhes além do capturável pela lente. Além da pintura a óleo, suas obras em pastel seco ocupam uma zona limítrofe entre pintura e desenho, com técnicas que envolvem borracha e carvão sobre papel.

Em 2014, sua trajetória foi objeto de um documentário produzido pelos cineastas Beto Brant e Cláudio Assis, destacando a singularidade e profundidade de sua obra no contexto artístico brasileiro.

Fontes:
Foto: http://olhave.com.br/blog/wp-content/uploads/2013/09/a9d59a7ebd39d118588e8792bb2a5f47.jpg