Aguilar

Multifacetado Artista Brasileiro

José Roberto Aguilar, nascido em São Paulo em 1941, é um artista autodidata cuja trajetória abrange uma vasta gama de expressões artísticas, incluindo pintura, vídeo, performance, escultura, literatura, música e curadoria. Em 1956, juntou-se a Jorge Mautner e José Agripino de Paula no movimento performático-literário Kaos. Sua participação na 7ª Bienal Internacional de São Paulo em 1963 marcou o início de sua proeminência no cenário artístico.

Aguilar é considerado um dos pioneiros da nova figuração no Brasil, marcando presença na mostra Opinião 65, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Durante esse período, adotou técnicas inovadoras como a pintura com spray e pistola de ar comprimido. Suas viagens a Londres e Nova York entre 1969 e 1975 foram fundamentais para suas experimentações com vídeo.

De volta a São Paulo em 1976, Aguilar causou impacto na 14ª Bienal Internacional de São Paulo com sua instalação Circo Antropofágico Ambulante Cósmico e Latino-Americano, uma obra que combinou arte e tecnologia de forma pioneira. Em 1981, fundou a Banda Performática e publicou "A Divina Comédia Brasileira". Após tornar-se discípulo de Rajneesh em 1983, passou a assinar suas obras como Aguilar Vigyan, refletindo sua jornada espiritual.

A performance "Tomada da Bastilha" em 1989, envolvendo 300 artistas e assistida por uma multidão em São Paulo, destacou-se como um de seus projetos mais ambiciosos. Nas décadas seguintes, Aguilar explorou formatos e materiais diversos em suas obras, desde pinturas em telas gigantes até esculturas em vidro e cerâmica.

Entre 1995 e 2002, Aguilar dirigiu o espaço cultural Casa das Rosas, em São Paulo, contribuindo significativamente para a cena cultural da cidade. Em 2003, foi nomeado representante do Ministério da Cultura em São Paulo, consolidando sua influência e legado no panorama artístico brasileiro.

Fontes:
Foto: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/03/1424014-analise-obra-de-jose-roberto-aguilar-antecipou-a-arte-de-rua.shtml