Abismo como Jomard
Técnica mista sobre Tela
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2024
54,5 x 34 x 24,5 cm I 145 x 174 cm
Pigmentos minerais naturais e aglutinantes sobre tela.
Marlene Almeida (1942, Bananeiras, PB, Brasil)
Vive e trabalha em João Pessoa, PB, Brasil.
Pesquisadora, escultora e pintora, Marlene Almeida desenvolve uma prática interdisciplinar que conecta arte, ciência e literatura, tendo como tema central de sua produção desde os anos 1970 a investigação sobre a terra. Em expedições pelo Nordeste brasileiro, coleta e cataloga amostras de terras coloridas, reunidas no ambicioso projeto Museu das Terras Brasileiras, que busca mapear e estudar as cores presentes em diversas formações geológicas do país.
Sua trajetória também é marcada por uma atuação significativa no campo político e ecológico, tendo fundado e dirigido o Centro de Artes Visuais Tambiá, em João Pessoa, onde promoveu durante uma década intercâmbios artísticos, com destaque para projetos em parceria com a Alemanha.
A partir dos anos 1980, sua obra recebeu atenção crítica de nomes como Walmir Ayala, Mário Schenberg e Jacob Klintowitz, consolidando sua relevância no cenário artístico nacional e internacional. Entre suas exposições individuais destacam-se: sua primeira individual na Fundação Cultural da Paraíba, João Pessoa (1979); Passatempo, apresentada em João Pessoa, São Paulo e em Brandemburgo e Berlim, Alemanha (1999–2000); Grenze, Galeria Fórum, Berlim (2000); Tempo para o Destino, Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia – MuBE, São Paulo (2013); Acute Earth, Carlos/Ishikawa, Londres (2025); e Terra Agônica, duo show com Walter Leblanc na Fondation Walter & Nicole, Bruxelas.
Recentemente, participou de mostras coletivas como Paisagens Temporais, Almeida & Dale, São Paulo (2024); 38º Panorama da Arte Brasileira, MAM-SP e MAC USP, São Paulo (2024); ROOTED – Brasilianische Künstlerinnen, Vilsmeier-Linhares, Munique (2024); 2ª Bienal Internacional de Arte em Cerâmica de Jingdezhen, China (2023); e Brasilidade Pós-Modernismo, Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte (2021).
Suas obras integram coleções como as do Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, Pinacoteca da Universidade Federal da Paraíba, Núcleo de Arte da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Instituto Burle Marx e a coleção Vilsmeier-Linhares, Alemanha.